terça-feira, 26 de outubro de 2010

070. Marcas, Tipos


Resposta de Sir Ganon:
Existem três tipos de marcas:

Marca de propriedade: 

Feita, geralmente, com tatuagem ou ferro em brasa, comumente são as iniciais do Dono.
Algo a se pensar, pois um segundo Dono não se sentiria bem ao ver a marca de outro. 
Por outro lado, se você se arrepender não irá deixar ninguém mais marcá-lo e daí o segundo Dono pensará que é menos significativo que o primeiro.
Necessário informar que, geralmente, um Dono exige a marca de propriedade depois de ter os serviços do submisso após um longo período. 
É uma decisão muito séria e deverá ser bem pensada.
É comum o submisso presentear seu Dono com marca de propriedade em henna.
Reflita: BDSM é paciência e ponderação.

Uma sugestão:
Use coleira com uma plaqueta contendo o nome do Dono; ao mudar de Dono mude a plaqueta e pronto.


Marca de tapas, chicotadas, velas, Shibari e Bondage: 


Algo ocasional, mas deve ser refletido da seguinte forma: 
Pertenço a uma sociedade BDSM, mas vivo e tiro meu sustento da sociedade comum, então se não for algo explicitamente SOLICITADO pelo sub e refletido pelo Dom, é melhor não marcar. 
Até porque cabe ao Dom refletir, pois o sub está gostando e por prazer é capaz de pedir mais. Sabemos ser comum utilizar locais escondidos do corpo: nádegas, costas e coxas, só para citar alguns, algo que evitaria maiores problemas e poderia ser prazeroso para ambos.

Marcas Invisíveis: 

Pouco comentadas, porém, em alguns casos, estão/são muito mais vivas que as outras. 
Chamo de marcas invisíveis aquelas causadas na mente como traumas e/ou aquelas causadas em orgãos internos como chicotadas dadas nos rins ( o Dominador pensa estar chicoteando as laterais do corpo, mas a localização é dos rins e a força empregada possibilita atingí-los), para citar um exemplo.
Essas marcas devem ser evitadas, pois são causadas por pura falta de atenção ou empolgação de um dos participantes.  

Comentários da (schiava)_RainhaJenn:

Caros, 
Todos nós queremos Marcar, para os Dom, e sermos marcados, para os subs.
Mas isto é algo na simbologia BDSM muito complexo e por demais importante.
Peço que sempre pensem bem, em ambos os casos, Dom e sub, na decisão a ser tomada.
A marca, como a coleira, é para o meu ponto de vista, algo tão representativo como a aliança que alguns usam ao dedo.
Então dêmos a devida importância em conquistá-la (aos subs) e em deixar-nos usar (aos Dons). 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

069. Acessórios, onde encontrar?


Resposta de Sir Ganon:

O óbvio seria dizer que em uma SexShop você tem os acessórios que precisa, porém, aqueles que já buscaram sabem perfeitamente que as SexShops brasileiras pouco investem nesta linha. 
Poucas são as lojas especializadas e vejo que é na Internet onde se pode comprar acessórios com facilidade, comodidade e aparente segurança.
Hoje temos, também, adeptos que produzem acessórios diversos com a disponibilização de seu tempo, criatividade e habilidade manual.

Se mesmo assim você encontrar dificuldades para obter seu bem de consumo maior (um chicote trançado, por exemplo) sugiro alguns lugares onde, com um pouco de observação e criatividade, você pode adquirir bons materiais em lojas comuns, vejamos:

Selaria:
Conseguiremos belos e variados chicotes, com preço justo. 
Há que se pesquisar qual o ideal para seu objetivo, pois alguns marcam mais que outros. 
Nesta loja também encontramos peças, pedaços e tiras de couro, um pouco de habilidade e paciência você poderá fazer seu próprio acessório.

Lojas de material de construção:
Existe um sem fim de "cousas" que podemos adquirir lá. 
Desde cordas em bitolas variadas, que serviriam também para Bondage ou Shibari, até ganchos em tamanhos diversos.
Se você pensa em montar seu acessório, lá também existem coisas interessantes.

Supermercados:
É o local onde, se a imaginação permitir, encontra-se de um tudo, desde velas até prendedores de roupas.

Pet shop:
Pode-se encontrar, nestas lojas, alguns acessórios para a prática de Dogwoman ou mesmo Garota Pônei.

Casas/lojas de acessórios para bijouterias:
Aqui teremos argolas, em tamanhos variados, para complementar o seu Shibari e peças de todos os tipos e gostos para que você mesmo dê um belo acabamento aos seus chicotes e acessórios como coleiras.

A exemplo de outras versões do site deste mendigo do saber, alguns podem pensar em "mo" condenar por disponibilizar informações deste porte, porém, mais uma vez digo que prefiro eu mesmo disponibilizá-las, possibilitando, através das outras questões, suporte para uso das mesmas, do que saber que um neófito descobriu por si só e pagou preço alto por isso: a instalação de um trauma em sua mente ou na de alguém.
Não temeis, este IMPERADOR-mendigo assume o que faz!


Comentários da (schiava)_RainhaJenn:

Mais uma vez belos e pertinentes conselhos.
Não há a necessidade de gastarmos milhões... mas com inteligência, e um olhar BDSM sobre todas as coisas, aos poucos veremos disponibilidade de material em vários setores, da simples papelaria à ferraria.
Como diz minha Rainha, nem no Hiper não pode mais dar uma volta, que já vai imaginando os usos. 

068. S&M e Fetiche são a mesma coisa?

Resposta de Sir Ganon:

Há que se ter claro que fetiche é o ato de cultuar, em ritos ou não, objetos e/ou partes do corpo e... 
o S&M é uma forma de identificar os adeptos e os jogos SadoMasoquistas, logo não entendo correlação entre ambos.

Comentários da (schiava)_RainhaJenn:

Mais claro impossivel.

067. Fetichista

Resposta de Sir Ganon:

Assim chamamos as pessoas que tem seu prazer focado no culto de algo, alguém ou alguma parte do corpo.

Exemplo de Fetichismo:  
Podolatria (ato de adorar pés)

Comentários da (schiava)_RainhaJenn:

E por este caminho, adentramos nos diversos fetichismos, como o couro, a vela, a água, e o quanto permitir a mente do ser humano.
 

066. Traumas de infância.

Resposta de Sir Ganon:

O BDSM é um jogo que vai diretamente à psiquê do participante. 
Fala e faz-se coisas que tocam fundo o ego e a auto - estima da pessoa.
É aconselhável que você conheça suas limitações antes de "mergulhar" neste novo mundo. 

Saiba exatamente o que você está ou não disposto a ouvir e/ou fazer. 
Você se conhece e sabe o que pode magoá-lo de verdade.
Se você foi uma pessoa muito espancada na infância ou se você foi muito humilhado até a sua fase adulta (depois aprendemos a administrar esses fatos), não é recomendável que você entre de pronto no BDSM.
Converse com seu parceiro e defina limites claros para o seu jogo. 

Não há vergonha em dizer: Adoro ser amarrado, mas odeio que me xinguem.
Parece estranho... 

Mas alguns submissos aceitam qualquer xingamento, menos de filhos da puta.
Iria escrever mais, porém, deixo-o refletindo.



Comentários da (schiava)_RainhaJenn:


Como eu disse, é o ponto em que separamos os jovens dos adultos, por uma analogia simplista e minimalista.
Agora realmente começaremos a jogar, mas antes, preocupados com o outro, com o que refletimos nele, e o que do jogo que ele internaliza em seu ser.
Por isto, tantas vezes antes, foi dito: 
Conheçam-se;
Sejam sinceros em seus medos e vontades;
Ouçam os outros e falem de si e tenham responsabilidade ao jogar.

065. Prêmios e castigos, como são administrados?

Resposta de Sir Ganon:

Prêmios:   
Tudo que você gosta, admira e/ou necessita, para o seu prazer, seja físico ou psicológico.
 

Castigos: 
Tudo que você não gosta. 
Dependendo do seu erro pode ser algo que você não gosta, como pode ser algo que você detesta.

Em alguns jogos, os prêmios e castigos são parte integrante quando não embasadores, ou seja, todo o jogo segue em decorrência do que se tem para aplicar como prêmio ou castigo.

Comumente os vejo serem administrados assim. 

NÃO É UMA REGRA GERAL, TUDO É JOGO!!!          

Comentários da (schiava)_RainhaJenn:
Eu vejo aqui a introdução do conceito de dominar, treinar, adestrar.
Aqui se começa o desenho do que queremos da peça que para nós se entregou.
E pelos jogos de Prêmios e Castigos, vamos moldando o psicológico de nossa peça, de forma que ele(a) reaja as nossas expectativas e desejos.
Algumas vezes vamos ouvir falar em desconstrução do eu, para a construção da peça... apenas temos sempre que lembrar do SSC e que devemos sempre, como Dominadores(as) cuidar do bem estar de suas posses, sejam eles físicos ou mentais.

064. Dungeon, masmorra e canil.

Resposta de Sir Ganon:
Maneiras diferentes de chamar e/ou referir-se aos locais de jogos.

Vamos entender um pouco do porque de cada nome:

Dungeon:
  
 
Termo usado por Dominadores com estilo sádico.
O Dungeon é o seu local de torturas.
 
Masmorra: 
Adeptos que remontam a época feudal para embasar seus estilos e jogos. 
Referem-se a castelos como seus locais de morada, falam em domínios e seus locais de jogos são sempre uma masmorra.
 

Canil: 
Dominadores que apreciam os jogos de Dogwoman se utilizam desse termo para referirem-se ao local de jogos.

Não existe problema algum em mesclar os três termos e mesmo ser um Senhor feudal e ter um canil, ser um Senhor de muitos domínios e ter um dungeon.
Não podemos confiar a esses termos a definição de um estilo enquanto forem usados somente como tratativas.


Comentários da (schiava)_RainhaJenn:
Mais uma vez, temos aqui as diversas camadas do BDSM, em suas mais versadas correntes do erotismo e do fetichismo.
E neste caminho, podem ou não desenvolver-se as posições submissas que se desenrolam nestas senas, como escravo(a)s, dog-woman ou dog-pet, e muitos outros ainda.