terça-feira, 31 de agosto de 2010

062. Ritualística, o que é?

Resposta Sir Ganon:
O BDSM envolve um sem fim de rituais nos quais visa-se simbolizar e/ou solenizar um acontecimento, data ou ocasião.

Como ilustração, cito alguns:
Ritual de posse ou de encoleiramento: Feito com o intuito de simbolizar o momento da posse do submisso pelo Dominador;
Ritual de entrega: Onde o submisso faz voto de servir àquele Senhor com seu corpo e alma.
Ritual de passagem: Acontece quando o submisso muda de nível na visão do Dominador;
Ritual de Entrega de coleira: Pouco executado, mas quando o é, seu objetivo é dispensar o submisso.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Há "n" números de rituais, cada um específico a uma cena, evento ou atividade.
Vão desde o ínicio de uma relação, casamento BDSM, e o fim desta mesma relação.
Quem quiser conhecer um pouco mais sobre os rituais BDSM, recomendo uma pesquisa pela internet, que lhe darão um bom caminho...
Talvez, apenas como incentivo, recomendo um blog que sempre acompanho que é do Mestre Ka. http://www.mestreka.com/o-reino/os-rituais

061. Liturgia D/s, o que é?

Resposta de Sir Ganon:
Entende-se por liturgia toda a ritualística que envolve a tratativa entre Dono e peça. 
Sua aplicação vai desde o tratamento verbal a arrumação da cena, passando por itens como cuidados pessoal e postura.
A liturgia é algo de grande importância.
É através dela que um Dom começa a educar e adestrar seu sub (Frase do mendigo: Um Senhor não educa, um Mestre educa e adestra!).
Parece tolice, mas ao dizer coisas como: "Senhor, depilei-me, uso vestido folgado com a finalidade de possibilitar Vosso uso desta peça, preparei toda a cena conforme é de Vosso agrado, prostro-me de joelhos à Vossa presença e aguardo, disponível, Vossos comandos" o submisso está mostrando a si próprio a importância que aquele Senhor tem para ele. 
Não esqueçam: 
"O hábito faz o monge" e "Não há deméritos em ser um submisso. 
Há a honra e o orgulho de poder servir a quem se admira". 
Por outro lado, tal liturgia agrada ao Dominador, sem contar que, nela, tem-se uma porta mental para a dominação psicológica.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Como tão bem colocado pelo nosso amigo, a ritualística é de suma importância ao meu ver.
Ela nos faz vivenciar o BDSM em toda a sua plenitude, nos mais inusitados momentos do dia.
Ela nos faz experienciar o ato de servir/Dominar nos pequenos detalhes diurnos que passam a ser tarefas a serem cumpridas pela peça, e relatada ao Dono dela.
Assim, não somente abre-se a porta ao que chamamos a Dominação Psicológica, como também passamos a vivenciar o BDSM em sua forma 24x7, pois todas as ações do dia são experienciadas pela visão BDSM de quem nos comanda.



terça-feira, 24 de agosto de 2010

060. Entrega da coleira


Resposta de Sir Ganon:
Geralmente o submisso, em seu primeiro jogo, recebe (através de uma ritualística ou não) uma coleira (de serviço) a qual portará durante todos os jogos e sessões enquanto durar a relação.
Ao final desta o submisso entrega a coleira em sinal de estar desistindo do jogo e com isso...
Findando a relação.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Estamos falando aqui de uma coleira de serviço ou coleira de sessão:
Então o submisso entrega ao Dono, demonstrando a Ele que está desistindo da relação.
Cabe ao Dono, aceitá-la de primeiro ponto, ou solicitar um tempo para pensar, mas já representa o fim da relação.
No caso da coleira virtual, findando a relação, utiliza-se até a traço, ou seja: {submisso(a)}_

059. Dispensa, o que é?


Resposta de Sir Ganon:
Este termo é usado quando um dos participantes deseja findar a relação.

O Dominador a dá e o submisso a pede.
Veja também: Fim de um Relacionamento.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Mais Claro, impossível.

058. Fim de um relacionamento BDSM.


Resposta de Sir Ganon:


Existem três maneiras que podem ser usadas com o intuito de findar um relacionamento BDSM, vejamos:

1. O Mestre dispensa seu submisso. (alguns nem dão satisfação. Avisam que acabou e pronto);

2. O submisso pede para ser dispensado. Normalmente os Senhores perguntam os motivos e... alguns aceitam e dispensam de pronto, outros, porém dizem não abrir mão do submisso. A estes dê um tempo e volte ao assunto. Muitas vezes estão apenas jogando.

3. Comunicado de auto-dispensa: após solicitar dispensa por algumas vezes e não obter sucesso, o submisso tem, como única opção, COMUNICAR sua AUTO-DISPENSA. Para tanto, deverá enviar um texto formal a seu Senhor, com cópia para pelo menos mais uma pessoa, no qual faz seu comunicado de auto-dispensa.

Enganam-se os que pensam que, ao assinar um contrato de submissão consentida, o submisso está eternamente preso ao seu Senhor.

BDSM é um relacionamento cheio de rituais e cerimônias onde você pode tudo, só precisa saber como.

Que esteja claro que a regra número um do BDSM é o SSC (São, Seguro e CONSENSUAL), logo se um deseja sair, por uma questão de consensualidade deve-se deixar que este parta.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Veja aqui a regra bela de também terminar um relacionamento BDSM.
Lembremos sempre das pequenas regras sociais que no BDSM ganham uma expressão maior, ou seja:
- Terminou o relacionamento, evite comentar dele com outros, pois a relação era íntima e deverá continuar sendo, por mais traumático que seja o fim da relação.
- Do outro lado, e vou tocar aqui em um ponto nevrálgico para alguns, dividindo-nos em duas categorias, os que servem, e os que são Servidos:
- Nós os que servem, mesmo não estando mais sob a coleira do outro que é Servido,  pois ali está alguém que em nossa escala BDSM nos é "superior" e a ele devemos no mínimo, o respeito
- Este respeito deve ser sacramental a toda a cadeia Top, se desejamos o mesmo respeito a toda a cadeia bottom.

057. Contrato de submissão consentida, o que é?


Resposta de Sir Ganon:
É um contrato feito entre Dominador e submisso, no qual cada um reconhece e assume seus direitos e deveres.
É nele, também, que fica registrada a palavra-segura ou senha de segurança.
Um local para saber como é e registrar um contrato é o site do CARCEREIRO

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Vale a pena a visita ao site do Carcereiro.
Lá encontrarão diversos modelos de contratos.
Copiem aqueles que melhor lhe demonstrem os desejos/vontades e obrigações...
Depois conjuntamente com sua peça/Dono, reescreva este contrato com as suas regras, seus parâmetros.
Uma boa dica será uma sessão especial, só para a assinatura deste documento. 

056. Juramento, o que é?


Resposta de Sir Ganon:
Um ritual ou não no qual o submisso jura sua fidelidade, servidão e disponibilidade àquele que proclama escolher para seu Dono e Senhor.

O BDSM é composto de rituais fantásticos que servem de base para o jogo, estes criam um "clima" todo próprio e envolvente, dando a possibilidade de seus participantes entrarem em uma atmosfera toda especial e mais propícia a este tipo de prazer.
Um local para saber como é o juramento de um sub, e registrá-lo, é o site do CARCEREIRO.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Há diversos tipos de juramentos, que é a reconfirmação de sua devoção e submissão à seu Dono(a).
Alguns são ritualísticos, outros menos, outros ainda mesclam os dois.
O mais comum é um ritualístico para a cena/sessão, um comum, para o social que pode e deve ser usado em qualquer lugar.

055. Início de um relacionamento BDSM.


Resposta de Sir Ganon:
São vários os caminhos que você pode seguir, indico um em alguns passos:

1. Deixe claro seu interesse. (De forma educada e sem se expor em demasia).
2. Converse. (Revele seus desejos, medos e fascínios)
3. Pergunte tudo que queira saber. (Tanto sobre a vida comum, quanto sobre a vida BDSM).
4. Não seja precipitado. (Há tempo para tudo, esperou por toda uma vida. O que será esperar mais alguns dias?)
5. Se achar conveniente converse com alguém de mais experiência que você. (Uma outra opinião ajuda )
6. Depois de estar seguro de que deseja tentar, revele isso ao seu parceiro.

Se pensa que isto basta (sorriso) engana-se.
Agora é a hora da conversa específica sobre BDSM, onde vocês acertarão a forma de caminhar com este relacionamento que desponta.

Comentários (schiava)_RainhaJenn:
Conhecer-te, Conhecer ao outro, e Conhecer os desejos e vontades de ambos.... eis o único caminho.

054. O que é uma negociação?


Resposta de Sir Ganon:
A negociação acontece quando ambos sentam e "conversam" sobre as bases da relação.

É nesta conversa que alguns tópicos importantes são dicutidos, cito alguns:
Como o relacionamento seguirá, onde se dará e em quais bases ambos irão pensar quando desejarem discutir as ações do outro, os primeiros limites e sobre se haverá ou não a intenção de seguir além deles, senha de segurança e o estilo -de Dominação e submissão- a ser seguido.

Nesta hora, falam os dois e ambos tem poder de voto!
O Dominador expõe até onde pretende ir, diz quais jogos tem o hábito de praticar e como os pratica.
Se haverá uma explicação dos jogos antes de acontecerem ou não.
Um Submisso, por sua vez, aceita ou não as exigências do Dominador e expõe seus desejos.
Alguns Dominadores não permitem tal exposição.
O submisso negocia se quer ser exclusivo ou não, se aceita que o Dominador terá outros submissos ou não e quais os seus limites em relaçao a dor e aos jogos.
Não havendo experiência anterior nada impedirá que usem de lisura e estabeleçam suas regras em cima de seus desejos e bom senso comum.
Havendo um consenso, há o fechamento e então pode-se partir para o primeiro jogo.

Por favor!!!
Não há "receita de bolo" nesses casos e, creia que não venho aqui externar verdades-absolutas e muito menos MINHAS verdades.
O que faço é expor o uso comum e o que geralmente vejo ocorrer na relação da grande maioria que segue essa filosofia, cultura e arte.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Acredito que alguns sites tenham um caminho trilhado, mas não é receita de bolo.
Tentei achar aqui, mas fui incompetente em encontrar modelos de questionários de submissão, caso alguem encontre e queira acrescentar, favor só me comunicar.

053. Coleiras: Virtual, social e de cena.


Resposta de Sir Ganon:
Algo fascinante na cultura BDSM são os seus muitos acessórios e, um deles, é a coleira.
Sua popularidade aumentou tanto que surgiram novos usos para este belíssimo adorno, vejamos pois:

Coleira Virtual:
Usada na Web com o fim de identificar uma peça com Dono.
Ex. EscravaX{LF}, seria a escrava X que pertence ao Lord Fulano.
Interessante dizer que algo me chama a atenção e embarca minha mente em um navio de pensares.
Como resultado desembarco com os seguintes questionamentos:
Quem é Dono de quem?
Quem usa coleira?
Esta coleira é de quem?
Se é coleira, e seu intuito é "marcar uma peça" exibindo propriedade, quem deveria estar nela, a peça marcada ou o Dono que a marcou?
Como vês, este mendigo do saber tem muito mais perguntas que respostas.
Talvez sejam só divagações, mas, como me parece que não sou o único a pensar desta forma, exibo abaixo uma das maneiras alternativas de se usar esta (tal) coleira virtual, onde o Dono não vem encoleirado (sorriso).
Existe um Dominador (meu amigo, pois não?), de alcunha Jot@SM que adestrou sua submissa a usar a coleira virtual como explicitado: J_(submissa), ou seja, quem está ''encoleirada'' é sua submissa e não ele. Bravos!

Coleira Social:
Esta não tem mistério, e é a mais antiga que temos relatos.
Um BDSM a vê como coleira, mas, uma pessoa comum a chamaria de gargantilha.
Algo que pode - e deve - ser usado em qualquer ocasião.

Coleira de Cena:
Outra que dispensa comentários.
Existente em formas, tamanhos, texturas, larguras e cores variadas, esta coleira é usada em jogos, cenas e sessões.
Algumas submissas as usam em encontros BDSM.

Uma curiosidade:
É padrão para Dominadores londrinos permitirem o uso da coleira segundo o tempo e a evolução que a submissa tem com ele, ou seja, inicialmente ela não tem direito ao uso da coleira social e, posteriormente, TODAS as coleiras que ela usar serão presenteadas por ele, em ritualística.
A cada evolução ou aniversário da relação ela recebe uma coleira menos rústica e de valor maior, simbolizando a melhoria no nível ou no relacionamento.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:

Sempre que possivel, adoto a nomenclatura do {submisso(a)}_NomeDoDono(a), pois ao meu entender esta é a forma mais correta e não deixa margens a entender quem é a peça, quem é o Dono dela.
Alguns outros detalhes, a peça é grafada sempre em minúsculas, e a do Dono, sempre com as Iniciais ou Toda Ela em Maiúsculas.
A corrente que une a peça ao Dono pode ser o traço baixo ou "underline" ou o traço mesmo "-"
Quando uma peça está sem Dono, também facilita a identificação disto, pois a mesma se apresentaria assim: {submisso(a)}_
A questão da coleira de cena é algo ainda pouco difundido no País, mas que vem tomando um crescimento expressivo com o advento da internet.
Como sempre digo, não devemos ser subs apenas na cena ou sessão, mas trazermos a submissão para o nosso dia-a-dia.
Assim, a coleira social passa a ser mais um reforço a este conjunto de medidas.

052. Dominador, onde está seu poder?


Resposta de Sir Ganon:
O poder de um dominador está diretamente relacionado ao que o submisso lhe possibilita/oferta.
É claro que um Dominador experiente sabe como gerar/aumentar este poder, mas, mesmo assim, vejo que conscientemente ou não, ainda é o submisso quem outorga este poder e permite, ao Dominador, administrá-lo.

Muitos podem pensar que este Senhor-mendigo está divagando e, (sorriso) por ter bebido muita água, está completamente bêbado mas tomo a lucidez de um Mestre para dizer que o nome do jogo é ADESTRAMENTO/CONDICIONAMENTO! para que um submisso atenda e obedeça sua ordem em comando.
Minha clareza permite-me, ainda, entender o paradoxo que existe ao sabermos que não há Dominador se não houver o submisso e, noto que a necessidade de um pelo outro é, foi e sempre será... Total.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Aqui temos claramente que o submisso(a) outorga, entrega, abre mão, oferta sua liberdade, para tê-la cativa à vontade de um Dominador(a).
Grande responsabilidade de um, Grande coragem de outro.
A responsabilidade por ter em suas mãos o direito de moldar aquela figura, aquela posse à sua vontade, desejo, aliados aos desejos e vontades dele(a).
Lembremos sempre que ao jogar BDSM, estamos expondo psicológicamente medos, desejos, vontades profundas, e isto pode alterar de forma definitiva a forma como a peça verificará e se relacionará com o mundo após isto.
A coragem do outro, de deixar de viver seus desejos, acreditando que seu Dono(a) saberá lhe conduzir ao que será melhor a ele(a).

051. Sou Dom ou sub, Como saber?


Resposta Sir Ganon:
Se eu pudesse responder a esta questão de forma direta eu diria:
Você sabe e pronto, mas sinto, sei e vejo que quem pergunta quer uma resposta e eu diria que está dentro de nós a resposta.
Está em nossos desejos, nossas visões.
Um Dominador sonha em comandar, um sub em obedecer, um Switcher sonha com os dois.

Todos temos os dois lados vivos em nós (em percentuais impares, mas temos os dois dentro de nós), o que precisamos definir é em qual lado poderemos ter mais prazer, em qual lado desejamos jogar e saber se você pende para Dom ou sub é uma questão de olhar.
Se olhar, se perguntar o que gera mais prazer e não deixar passar nosso "histórico de relacionamentos" ou nosso comportamento em relações passadas.

Em miúdos:
Não tenha pressa.
Siga seus instintos e pesquise...
Converse com quantas pessoas lhe for possível.
Neste período evite relações virtuais muito caricaturadas do tipo:
Se ajoelhe!
BDSM é feito de olho no olho, voz e toque, química e prazer "full time".
O virtual serve tanto quanto um telefone, fax, e-mail e assimilados: apenas como parte de um todo.
Não tenha medo de provar ambos os lados.
Muitos Dominadores já foram submissos e vice-versa, pois o objetivo final não é obter e dar prazer?
Então?
Jogue...
Goze e viva!!!
Sem medo de ser feliz!
Se a dúvida persistir, seja paciente com você mesmo.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Mais Claro que isto, impossível.
Permita-se conhecer-te, conhecer seus desejos, sem pré-conceitos, sem balizamentos da sociedade... e assim também permita conhecer aos desejos daquele que escolheu para lhe fazer eco.



050. Baunilha, quem é esse?

Resposta de Sir Ganon:
É chamado de Baunilha a pessoa que, em sua prática sexual, não se utiliza de complementos/temperos BDSM.

Apesar de fazer uso do termo "sexo convencional", expus a explicação do termo Baunilha, e para uma melhor compreensão relato o porque do uso desta palavra: Baunilha ou, do inglês, Vanilla é o sabor básico de um sorvete, um sabor comum.
Agora estamos prontos para entender a adequação desta palavra à filosofia BDSM.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Aqui fica claro a denominação.
Aplicamos baunilha a todo tipo de relacionamento comum, sem a conotação BDSM.
Veja que também alguns aplicam o termo baunilha ou relacionamento baunilha áqueles que mesmo praticando alguma prática BDSM, como jogos mais picantes de amarrar e vendar, não o fazem com a filosofia BDSM.

049. Ensinar, adestrar. Onde está a diferença?

Resposta de Sir Ganon:
Permita-me ser direto, pois entendo que esta questão dispense extensa explicação.

Ensinar: Quando você favorece/possibilita a aprendizagem de alguém (visão pedagógica).
destrar: O ato de condicionar alguém a atitudes e, levar o indivíduo a responder à estímulos variados de acordo com sua vontade (visão dos estudiosos da psiquê humana).

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Entendo que no jogo BDSM, há tanto o ensinar, quando o adestrar.
Ensina-se a filosofia, a postura, a ritualística.
Adestra-se os comportamentais, as respostas, as condicionantes de cada ação do Dom(me) sobre sua peça.



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

048. Onde está o prazer de bater e/ou apanhar?


Resposta Sir Ganon:
Bater e/ou apanhar não deve ser visto de forma isolada, mas sim como pequena parte de um complexo todo.
Até porque é você quem dita as regras e, se quiser, não há Spanking.
Mas, de um modo geral, o prazer está em preparar alguém ou a si próprio para transpor limites e ensinar e/ou possibilitar a obtenção do prazer, seja experimentando ou gerando a dor.
A dor é um dos estágios de uma grande cadeia e por isso um BDSM sempre busca ser, inicialmente, paleativo em suas práticas.
Tudo é gradual e ponderado.
BDSM é como uma vida acadêmica...
Você começa aprendendo coisas básicas, se define e conforme vai avançando sente disponibilidade para ir além de si mesmo.
Por outro lado:
Gosto é uma coisa que não se discute.
Se não entende, ao menos respeite!

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Aqui novamente o nobre Mendigo em sua máxima sabedoria:
BDSM é como uma vida acadêmica... tudo gradual e ponderado.
E sempre em camadas...
Devemos, ambos os lados, estar aptos a experimentar, a tentar...
Sempre embuídos da tríade SSC (São, Seguro e Consensual) caminhar neste novo universo.
A pele toda é recoberta de terminações nervosas.
O ato de bater ou de apanhar nos leva a satisfações fantásticas, de um lado o poder, o ver a vermelhidão, os desenhos que lhe aplica...
Do outro o ato de sentir, de estar ali, nas mãos daquele que escolheu para servir, e entregar-se, satisfazer-se em servir, em dar prazer...
Sempre, e em ambos os casos, lembrar que áreas vitais devem ser preservadas, e sempre, SEMPRE, ter a técnica especial para marcar.

047. Play Party, o que é?


Resposta Sir Ganon:
É uma festa e/ou um encontro BDSM em que todos, que desejarem, jogam.
Você escolhe sua categoria Dom ou sub, o tipo de jogo que pretende participar, leva seus acessórios e poderá jogar.

Aqui no Brasil já temos vários Grupos em São Paulo, BH e Rio de Janeiro que organizam essas Plays.
Participar de uma festa destas é algo extremamente prazeroso, sem contar o lado didático, pois os Grupos têm uma equipe para auxiliar em todos os passos.
Uma dica interessante:
Se você quer iniciar-se, mas não tem confiança em ninguém ou não tem parceiro, uma Play Party é o local ideal.
Além da equipe ter Dominadores e subs, eles também tem um Mentor/Moderador que irá preparar-te de forma adequada à sua função.

Comentários (schiava)_RainhaJenn:
Eis aqui uma forma legal de se iniciar.
Claro está que para aqueles que ainda vivem sua sub-vida de forma escondida, isto pareça uma profanação de seus mais recônditos desejos.
Mas para aqueles em que a exposição possa ser um ingrediente a mais, vale e muito a pena.
Muito se aprende, de técnicas, nestas Play-Partys, coisa que sós, ou entre quatro paredes, levaríamos anos até atingir tal ponto de experiência.

046. Munch, o que é?


Resposta Sir Ganon:
Uma reunião BDSM em local público, organizada com o fim de possibilitar que as pessoas se conheçam e/ou discutam sobre a filosofia BDSM.

Além dos adeptos, também podem participar os simpatizantes e "não praticantes".
No Brasil cada vez está mais comum organizarem Munchs com algumas exibições de práticas BDSM.
Se isso pode lhe causar alguma espécie de incômodo não esqueça de perguntar aos organizadores se haverá "apresentação" no encontro e se você pode ir como assitência/platéia, apesar de estar claro que num Munch, diferente da Play Party, a participação é facultativa.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Hoje no Brasil, já há muitos "Munchs" e "Play-Party" acontecendo quase que mensalmente nos diversos Estados da União.
É um bom caminho para se enturmar, para conhecer técnicas, para fazer amizades, etc.
Como toda reunião social, há os grupos, grupelhos, e vale a pena apenas estar informado sobre isto, para não se machucar depois.

045. Servir, o que é?


Resposta Sir Ganon:
Servir é estar à disposição do seu Dono e Senhor para o que ele determinar.

Este seria um tema extenso e um tanto complexo.
A fim de simplificar e não complicar, exponho uma resposta direta e generalizada que, acredito, poderá auxiliar a todos.

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Veja que sintético, simples e objetivo:
Estar à disposição do seu(ua) Dono(a) e Senhor(a) para o que Ele(a) determinar.
Ou seja, entregar suas vontades, desejos, sonhos, e viver o que o outro ordenar, o que o outro quiser, o que lhe for conveniente para realização das vontades do Dono(a) e as nossas.

044. Me oferto ou o Senhor me toma?


Resposta Sir Ganon:
Seria complicado e pouco verdadeiro falar sobre este assunto, pois não existe um consenso de opiniões, uns dizem que o sub deve se ofertar, outros, que deve ser tomado, o que importa é que haja sintonia entre os interessados.

Não vejo problema algum tanto em um caso, quanto em outro.

Comentários (schiava)_RainhaJenn:
Eu aqui novamente vou trazer um pouco de minha vivência:
Se já sabes que determinado parceiro é Dom(me), acredito que deva deixar claro sua condição (sub, Dom, switcher) e seu status atual (Encoleirado, sem coleira, a procura, etc)
Alguns já dizem que a propaganda é alma do negócio, mas tanto um quanto outro não devem ser estuprados em suas vontades e desejos.
Um quer servir, mas o outro está disponível no momento?
Então o melhor é deixar claro a posição, e continuar a amizade, conhecendo-se...
Eu prefiro, como submissa, ser tomada... mas nem sempre o outro lado está pronto a esta posição, então o flerte, como na vida baunilha, também é muito bem vindo.

043. Como saber se alguém é Dom ou sub?


Resposta Sir Ganon:
Não há como saber sem perguntar...

Adeptos com mais vivência no meio são bons com seus "chutes", mas não podemos ter esse fato como algo padrão, pois muitas pessoas passam uma imagem X quando seus pensamentos, desejos e vontades vagam totalmente na área Y.
Não tirem suas conclusões por meio de vida e/ou profissão da pessoa.
Muitos BDSM tem cargos de comando e são dominantes em suas vidas profissionais, mas preferem a submissão enquanto adeptos desta filosofia e vice-versa.
Caro, amigo...
NÃO HÁ DEMÉRITOS EM SER SUBMISSO, HÁ O SEU PRAZER DE JOGAR!

Comentários de (schiava)_RainhaJenn:
Aqui é uma verdade que vejo em meus anos de vivência como recorrente, mesmo não sendo padrão.
Um grande número de adeptos querem em seus desejos carnais, exatamente o oposto do que executam em sua vida diária.
Vejam que não é padrão, mas é um grande acaso recorrente.
Eu mesmo, por mandar o dia todo, ter pessoas sobre o meu comando, o que menos quero ao chegar em casa é novamente ter que mandar... prefiro e desejo obedecer.

042. Dom ou sub, quem é melhor?


Resposta Sir Ganon:
Não há melhor, pois ambos são participantes de um mesmo jogo.
Creio, ainda não haver deméritos em ser um ou outro.

E se me permite, vou além devolvendo com uma outra pergunta:
Motorista ou mecânico, quem é melhor?
Ora, cada um assumiu a área que acreditou ser mais adeqüa às suas necessidades.
Ambos tem seus admiradores, ambos fazem escola, ambos são dignos de respeito e admiração e o mais interessante: UM PRECISA DO OUTRO.


comentários (schiava)_RainhaJenn:
Aqui fica claro, um submisso sem coleira é alguém incompleto.
Um Dom(me) sem submisso também é alguém incompleto em sua vontade e desejo.