quinta-feira, 29 de julho de 2010

024. Estabelecendo um canal de comunicação.


Resposta Sir Ganon:
Os jogos BDSM envolvem muita leitura do outro.
Requerem muita atenção, disponibilidade e, acima de tudo, disposição para estar a mercê de alguém ou com a guia de outrem, por isso e não somente por isso, é fundamental que se crie um canal de comunicação preciso e funcional.
Falo de olhar querendo ver, de ouvir isentando-se de preconceitos e pré-formação de idéias.
Parece muito bonito ter alguém ao seu inteiro dispor e bel prazer, mas não podemos deixar de ter um mínimo de "ad verecundiam" (apelo ao respeito) para buscarmos nosso prazer no outro.
Sugiro que muitas conversas sejam estabelecidas e que as perguntas sejam, sempre, mui claras para que um veja o outro e entenda o que diz a sua transpiração, olhar, respiração e gestos.
Seja feliz fazendo feliz.
Seja você permitindo que o outro seja ele, mas...
Não seja sombra de si mesmo, pois isso confunde a visão comum.

Comentário (schiava)_Rainha Jenn:

Umas das regras fundamentais e primeiras que acredito ser necessárias neste jogo, fora o SSC é a verdade absoluta.
Muitos poderão dizer que a verdade absoluta não existe, que é dificil de ser detectada, que é melhor esconder-se sobre "máscaras sociais".
Bem se queremos um jogo diferente, se desejamos estar neste jogo por que as amarras sociais não nos permitem... o mínimo que devemos ser é transparentes com nosso(a;s) parceiro(a;s).
Digo aqui desta regra, para irmos ao tópico da questão... a comunicação entre os pares.
Partindo do pressuposto que ambos foram "transparentes" um ao outro, a comunicação aqui ganha um novo nível, de confiança mútua, de respeito e de aceitação do outro como ele é, pois o outro nos aceita como somos.
Ai estabelerecemos os canais de comunicação, uma safeword (palavra de segurança) que para o jogo automaticamente, um ler o outro no falar, gemer, contorcer-se, descobrindo nele se é o limite ou há mais espaço a avançar.
O ver o outro em seu completo ser, com respeito, sempre observando as marcas e sinais que o corpo emite, mesmo que a boca não os pronuncie, e com cuidado ao outro, parar o jogo na hora exata que um mal súbito se aproxima, marcas se arroxeam pelo corpo demonstrando a hora de soltar o bondage, ou uma respiração fica alarmantemente alterada não pelo gozo em si, mas pela situação psicológica a que a peça foi levada.
Portanto, estamos atentos todos, Dominadores e submissos aos canais de comunicação a serem estabelecidos.

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